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segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Fique onde está e então corra, por John Boyne.

Lançado pela editora Seguinte. 
Já havia comentado sobre J.Boyne algumas vezes e relatei as minhas experiências anteriores ao lê-lo, costumeiramente o autor aprecia em pegar um fato real e adicionar uma ficção lá dentro e colocar como protagonista uma criança, temo em dizer que ele seguiu a mesma receita de ‘O menino do pijama listrado’. Não que isso tenha estragado o livro ou que a história tenha ficado muito previsível, nada disso.
A primeira coisa que me perguntaram quando me viram segurando o livro foi: ‘Nossa que título estranho, o que significa?’ foi a questão mais indagada para mim, o que no começo foi meio ruim –pois não sabia responder- até que lá pelos meados do nono capítulo veio a tão esperada resposta (spoiler on): Fique onde está e então corra era um comando utilizado pelo sargento para os soldados dentro da trincheira, que se posicionavam em fileiras e uns embaixo de outros. Conte até três, fique onde está e então corra. (spoiler off)
O livro se passa em uma Londres de 1914, este ano trás alguma lembrança? O início da Primeira Guerra Mundial, ou como citada no livro: A grande guerra. Então nos primeiros capítulos descobrimos que Alfie Summerfield está completando cinco anos e é nesta data que estoura a guerra, consequentemente seu pai se alista para o exército britânico e nunca mais se tem notícias dele, além das cartas que a família recebe, mas essas logo cessam repentinamente. Então se passam quatro anos e muita coisa mudou na rotina de Alfie, sua mãe não para mais em casa e ele trabalha engraxando sapados na estação de trem, até que em um momento, descobre que seu pai está vivo e em terras inglesas.
O texto é simples, sem rodeiros, bastante direto e objetivo, mas cada palavra ali posta carrega e acarreta dentro do leitor uma avalanche de emoções e sentimentos ao mesmo tempo bons e angustiantes. Porque é uma guerra, aparentemente não há qualquer lado bom, mas neste livro em especial há instantes que o coração pesa e os olhos naturalmente se marejam.
Não tem com não se apaixonar um pouquinho que seja por este livro, Boyne prova mais uma vez como é um ótimo contador de histórias quando o assunto é protagonista criança. E às vezes quando o leitor se pergunta: ‘Qual será que foi a razão do autor ter escrito este livro?’, acredito que Boyne respondeu isso em sua obra.

Pela melhor razão do mundo. Por amor.

Então aqui fica mais uma indicação para leitores a fim de saborearem um livro doce e sensível! 



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